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Gluten – O que vem a ser isso ?

Há tempos que médicos e nutricionistas sabem que o gluten, uma substância encontrada no trigo, na cevada e na aveia, transforma-se numa.espécie de cola ao chegar no intestino e gruda nas paredes intestinais, provocando, aos poucos, saturação do aparelho digestivo, o aumento da gordura visceral (na região do abdômen), dores articulares, alergias cutâneas, enxaqueca e depressão.
O perigo se agravou devido ao consumo excessivo de pães, biscoitos, macarrão, bolos. Até alguns queijos e embutidos contêm o agora maldito glúten. Os resultados já aparecem nos consultórios de nutrólogos, alergistas
e nutricionistas: obesidade, síndrome de resistência à insulina, deficiência de cálcio (o trigo vem sempre adicionado de açúcar), alergias, diarréias, doenças auto-imunes. O nutrólogo João Curvo diz que, para os chineses, o excesso de glúten no organismo é sinal de má higiene interna: o metabolismo emperra, favorecendo bactérias que gostam de calor e estagnação. A pediatra e nutróloga Clara Brandão, do Ministério da Saúde, premiada por suas alternativas para a mesa brasileira, defende o que chama de nossa “soberania
alimentar”: mandioca, milho e arroz no lugar do trigo importado, que faz tanto mal. E, se abolir o glúten ajuda a emagrecer, a “dieta sem glúten” virou febre nas academias. Agora, pães de aipim e de milho, macarrão de
arroz e cookies de soja são as novas “delícias” dos supermercados.

GOSTOSO E IRRESISTÍVEL, O pão francês quentinho com a manteiga derretendo pode ser maldito para quem não quer engordar. Mas proibido mesmo, só para portadores da doença celíaca, uma intolerância de origem genética ao glúten que provoca distúrbios gastro-intestinais, diarréias violentas e até morte. No Brasil, em estimativas imprecisas, a doença atinge um em cada 300 brasileiros. Uma delas é Ane Benati, de 39 anos, que, entre os sete irmãos, tem outros três e uma sobrinha celíacos. Ela viu suas irmãs gêmeas definharem por 20 anos em busca de um diagnóstico e, há dez anos, uma delas, Raquel Benati, quase morreu com 39 quilos para o seu 1,10m, quando enfim descobriu que era celíaca. – Foi só tirar o glúten e minha irmã parecia que tinha tomado fermento. Engordou e ficou boa rapidamente. Pensei que ela ia morrer. Fiz logo o exame e vi que eu também era celíaca, embora não tivesse ainda sintomas graves. Porque antes de acabar com o intestino, a doença pode provocar baixa metabólica, diabetes, hipertireoidismo e até epilepsia – diz ela, que, por conta da doença, sugere pratos deliciosos sem glúten para o cardápio do restaurante Cais do Oriente, do namorado Markos Resende, no Centro. -Ultimamente como lá uma lasanha de vegetais feita com folhas e palmitos naturais no lugar da massa e atum grelhado -diz Ane. Hoje “curada” ao banir o glúten da dieta, Raquel é presidente da seção Rio da Associação dos Celíacos do Brasil e diz que o diagnóstico ainda é um problema: -A medicina ainda desconhece essa doença. Estima-se hoje que no Rio haja 35 mil celíacos, mas só mil com diagnóstico. Os outros 25 mil estão passando mal pelos hospitais, nas filas das gastrites, das diarréias crônicas, das enxaquecas, das dores articulares sem cura. Eu penei 20 anos até descobrir a doença, mas o médico da Associação de Celíacos, o gastropediatra José Cesar Junqueira, alerta que uma simples gastrite já é indicação para os exames que detectam a doença.

Excesso de glúten gera intolerância também em pessoas normais Os exames de sangue de detectam a doença celíaca são os de antitransglutaminase e antiendomísio, mas, segundo Raquel, ainda não estão
incluídos no Sistema Único de Saúde (SUS), tampouco são aceitos por alguns planos de saúde. Na Europa, onde a doença celíaca tem uma incidência maior devido ao alto consumo de trigo, há uma infinidade de alimentos sem glúten, mas no Brasil os produtos sem glúten só agora começam a aparecer: – O mercado está crescendo porque as pessoas normais também estão com intolerância devido ao excesso do consumo de trigo. Se o glúten é proibido para os celíacos, os normais não precisam ser tão ortodoxos. É possível comer um pãozinho, duas ou três vezes por mês e não sentir mal-estar algum, segundo o nutrólogo João Curvo: – Os leigos que se observam percebem a relação entre o excesso de trigo e o aumento do volume abdominal, excesso de gases, dores articulares, dores de cabeça e peso nos pés. Quando ocorre a saturação de glúten no intestino, a absorção dos nutrientes piora e a pessoa começa a apresentar queixas. Essa intolerância vai minando o sistema imunológico e vão surgindo as alergias cutâneas, a psoríase e as artrites. Tudo depende da quantidade do consumo. Teresa Sá, por exemplo, mulher do estilista Tufi Duek, da Fórum, não é celíaca, mas teve um problema vascular, que, depois de muitos exames, descobriu que era intolerância ao trigo: -Eu como massa, mas tenho consciência que depois tenho que fazer um processo de desintoxicação, sem comer glúten durante quatro ou cinco dias.

Para a pediatra e nutróloga Clara Brandão, do Ministério da Saúde, a mudança dos hábitos alimentares dos brasileiros nos últimos anos, com a troca de alimentos saudáveis e orgânicos nacionais como a mandioca, o milho e o inhame pela farinha de trigo refinada importada, porém, já começa a causar doenças também em pessoas não celíacas. Ela lembra que 80% dos brasileiros vivem nas periferias urbanas comendo pão com margarina e macarrão. Os de maior poder aquisitivo adicionam o queijo, o salame e o presunto, que, segundo ela, contêm aditivos químicos que comprometem a saúde: – Nós temos que reforçar nossa soberania alimentar. Nós comíamos o fubá, a tapioca, o milho, muito mais nutritivos que o trigo, importado e nocivo. Temos estoques reguladores de arroz lotados, mas a merenda escolar leva trigo todos os dias. Está havendo uma saturação do metabolismo da população em geral devido a uma alimentação equivocada. Esta tendência à intolerância alimentar e às doenças subseqüentes, segundo Clara Brandão, começam no primeiro ano de vida, quando a criança começa a comer pão, biscoito e macarrão: – Uma criança de 7 ou 8 anos já sabe fazer sozinha o miojo, que já vem com um veneno no saquinho para o molho. Aquilo tem glutamato monosodico, que altera a química cerebral e é uma substância tóxica. Fora “isso, hoje ninguém mais janta, come um sanduíche… Se temos um alimento orgânico como a mandioca, muito mais nutritivo e mais barato que o trigo, e que fixa o produtor na terra, o que estamos esperando para mudar essa situação? O profissional de marketing Fábio Quinet, de 26 anos, já começou há um mês a banir o glúten, cortando o pão e o macarrão para ganhar mais disposição e malhar mais. Ele e larissa Munck, ambos alunos da academia Velox, no Humaitá, trocaram o pão pela salada e pelas frutas: – O glúten prejudica a absorção dos nutrientes e, em um mês de dieta, dá para notar uma boa secada. Há também um corte no açúcar porque os doces contêm glúten. Isso é o pior, porque adoro doces. Mas troquei doces por frutas. Tomo Nescau, que não tem glúten, no lugar de achocolatados que têm glúten e me sinto muito bem.

GRAÇAS AO SÚBITO desejo da filha Louise de emagrecer, a família de Cesar Hasky, dono do restaurante japonês Ten Kai, em Ipanema, descobriu as maravilhas da vida sem glúten. A mãe, Rina, ao levar a filha ao
nutricionista Leonardo Haus também adotou a reeducação alimentar que consiste em evitar saturação do metabolismo provocada pelo excesso de glúten no intestino. A surpresa veio quando mãe e filha começaram facilmente a emagrecer e até Cesar, que não estava de dieta, adotou os pães de aipim, de abóbora e de
cenoura, encomendados na rede Mundo Verde ou no restaurante Celeiro: – A barriga vai sumindo, você fica mais leve. Eu não imaginava que o glúten fizesse tanto mal. E você vive muito bem sem o trigo. Pode comer pães e bolos gostosos sem glúten de manhã ou à tarde, sem sofrimento algum -diz Rina. O nutricionista Leonardo Haus recomenda um período de três meses de dessensibilização ao glúten, no qual não se pode comer trigo, centeio, cevada ou aveia, os quatro cereais que contêm a substância. Depois, segundo ele, é possível comer esporadicamente sem risco de danos: – Essa é a idéia da reeducação alimentar. Você pode comer um pãozinho, mas o excesso pode alterar todo o seu metabolismo, baixar a imunidade do organismo e levar a doenças. Mas é bom lembrar que nem todo obeso tem essa intolerância alimentar.

Intestino sem glúten produz serotonina e gera alegria. A guerra contra o pão e o macarrão já começou também na escolinha de vôlei das jogadoras Sandra e Elaine, no Leblon. Atletas do ranking brasileiro de vôlei de praia, elas proíbem as alunas que querem emagrecer de comer pão depois das 17h. As atletas aprenderam com seus médicos que, no entardecer, o metabolismo vai ficando naturalmente mais lento e a digestão daquele trigo ficará ainda mais difícil. O pãozinho terá muito mais chances de virar gordura -e abdominal! -Não proibimos o pão, mas, se puderem evitar, principalmente à noite, é melhor. Isso não significa que não podemos comer um macarrão depois de um treino. Pode, mas não toda hora. O excesso não é metabolizado e vira gordura – explica Sandra. -Eu, às vezes, não resisto. Vou à padaria Rio-Lisboa e como três pães franceses quentinhos de uma vez. E com muita manteiga! Mas só de vez em quando e escondido de meu técnico. No dia a dia, evito o pão e me sinto mais leve e bem disposta. O ideal é comer sempre frutas e saladas – diz Elaine.

Se banir o pão foi secando a barriga das mulheres, a nova onda chegou instantaneamente às academias de ginástica. A academia Velox, por exemplo, oferece saladas que há muito tempo fazem parte dos lanches dos atletas. Leves, nutritivas e de baixa caloria. As redes Body Tech e Pró-Forma também seguem o exemplo. É um incontrolável efeito dominó. Se uma mulher seca abolindo o glúten, centenas de outras vão fazer o mesmo para secar também. E não faltam receitas sem glúten.
A quituteira antiglúten gaúcha Paula Santos oferece dezenas no site www.riosemgluten.com . Um dos segredos da nova dieta é não desanimar diante de um pão de aipim com a consistência de uma pedra portuguesa. Há bons fabricantes de produtos sem glúten e outros nem tanto. Leonardo Haus indica os pães sem glúten produzidos em Santa Catarina, vendidos na rede Mundo Verde e no restaurante Fontes, em Ipanema, ou ainda os de fabricação própria do restaurante Celeiro, no Leblon. Os novos alimentos sem glúten já estão nas prateleiras dos supermercados: macarrão de arroz, cookies de soja, bolos de cenoura. Para a clínica Eliana Correa, com pós-graduação em medicina ortomolecular, depois do período de dessensibilização, pode-se até comer glúten de vez em quando, mas, segundo ela, a pessoa se sente tão bem que passar a evitar o alimento, como ela própria e suas três filhas: -Quem sofreu a vida inteira com enxaqueca por causa de intolerância ao glúten não vai querer mais comer
o alimento porque sabe que voltará a se sentir mal. Aí vem a pergunta clássica: Mas eu vou comer o quê? Eu, por exemplo, como batata-doce no café da manhã. Pode-se comer aipim, tapioca, pães sem glúten. A variedade é imensa e os benefícios, ainda maiores. Eu, que brigava tanto com o leite e seus efeitos alérgicos, descobri que o glúten é muito pior. Eliana faz em seus pacientes exames de sangue que detectam alergias que não causam efeito imediato, mas vão minando o metabolismo e são chamadas por isso de alergias retardadas. O sangue colhido dos pacientes é enviado para laboratórios nos Estados Unidos, que dosam intolerância a 96 alimentos. O exame custa R$ 900. No Brasil, os só há exames para 37 alimentos que causam apenas alergias imediatas (quando o paciente passa mal imediatamente). Outra maneira de acelerar a vida sem glúten é a colonterapia. Trata-se de uma lavagem do intestino grosso, feita por um aparelho que, durante 40 a 50
minutos, faz circular de 40 a 50 litros de água no intestino, provocando uma limpeza geral. Segundo o endocrinologista homeopata José Geraldo Rosa Gonçalves, o glúten que fica grudado nas paredes intestinais, estagnando o metabolismo, baixando a imunidade e promovendo a absorção de toxinas pode sair totalmente em quatro a seis sessões de R$ 220 cada, que incluem uma oxigenação do intestino depois da limpeza. Para pessoas com constipação crônica, ele recomenda em média dez sessões, duas vezes por semana: -Um alimento normal leva 18 horas da mastigação até ser eliminado pelo reto. O glúten leva 26 horas. O excesso vai retendo cada vez mais toxinas no organismo e promovendo a disbiose, que é a alteração da flora normal, com fermentação, retenção de líquidos. É o começo de uma série de doenças articulares, auto-imunes e até depressão. Depois da colonterapia, o intestino volta a produzir serotonina, o neurotransmissor que garante a
alegria: -A pessoa se sente tão feliz que passa naturalmente a rejeitar o glúten como antes – diz.

Não contém glúten:

PÃO DE AIPIM. Deve ser mantido no freezer ou na geladeira, pois é altamente perecível, mas fica ótimo quentinho. R$ 7 no Empório Saúde.

COOKIES DE CHOCOLATE. Uma ótima alternativa para quem não passa sem um biscoitinho. É feito com soja, a R$ 1,50 no Mundo Verde.

FUSILI DE ARROZ. A porção é individual e leva dez minutos para o cozimento. Vem com molhos de diversos sabores. R$ 6 cada.

TORRADINHAS. São ótimas para um aperitivo alternativo, mas jamais podem acompanhar uma cerveja, que contém glúten e estragaria a dieta.
BIFUM. É o macarrão japonês, muito usado pelos orientais, com a consistência do cabelinho de anjo e de cozimento ainda mais rápido. R$ 7.

Os danos causados pelo glúten:

Intolerância alimentar

O glúten é uma cola que adere às paredes intestinais e vai bloqueando o funcionamento do intestino. Os primeiros sintomas são intolerância alimentar, desconforto abdominal, gases, retenção de líquidos.

Obesidade

Com o metabolismo estagnado, o intestino não processa devidamente os alimentos e vai produzindo gordura abdominal, síndrome de intolerância à insulina e diabetes.

Baixa imunidade

O metabolismo estagnado afeta o sistema imunológico, favorecendo doenças auto-imunes, entre elas artrites e artroses.

Intoxicação e enxaqueca

A paralisação intestinal dificulta a eliminação das toxinas que elevam o risco de doenças, produzindo sintomas como dores de cabeça e enxaquecas.

Aliança com o açúcar

Como o glúten vem aliado ao açúcar, um seqüestrador do cálcio do organismo, aumentam os riscos de osteoporose, cáries, ranger de dentes, insônia, hipertensão e colesterol alto.

Depressão

Ao impedir a produção normal de serotonina, o glúten favorece a depressão e o mau-humor.

Por: Márcia Cezimbra

http://www.fatimahborges.com.br/artigo.php?code=124

14 Comentários

  • Vania Em 07/01/2013 23:14

    O Nescal tem glúten!!!

    • Rafaela Em 08/07/2014 16:52

      Sim o Nescau contém, mais existem outros achocolatados ( tbm baratos rs ) que não contém gluten basta pesquisar 🙂

  • Gerson Araujo Em 25/10/2014 10:22

    Muitíssimo importante esta reportagem

  • JACKSON Em 19/02/2015 17:17

    O IOGURTE DANONE TAMBÉM CONTÉM O GLÚTEN ONDE MUITAS MARCAS NÃO TEM,VAMOS COMEÇAR A DAR UMA BASTA NESTAS MARCAS

    • Eduardo Em 27/03/2015 19:33

      Com certeza, com certeza, VAMOS COMEÇAR A DAR UMA BASTA NESTAS MARCAS, e ter mas saúde

  • Manoel Aparecido Gomes de Gouveia. Em 15/06/2015 00:03

    Vou resumir em poucas palavras é notável a linguagem, simples e rica em conteúdo parabéns.

  • francisco antunes carneiro Em 26/09/2015 09:59

    gostei, pesquisei por não sabia o significado do glúten. obrigado

  • vania Em 05/11/2015 22:22

    li que a dieta sem glutem pode ate curar esquizofrenia,mas não consigo achar informações….poderiam me informar algo?

  • Flavia Em 21/11/2015 02:49

    Tô há uma semana sem glúten e notando uma melhora considerável no humor. Quero continuar pois estou me sentindo ótima

  • simone Em 09/12/2015 02:33

    faz um mês que cortei o glúten estou me sentido disposta sem enxaqueca muito bom

  • Warley Jácome Em 24/03/2016 11:13

    Minha filha tem uma doença auto-imune onde de vez em quando aprecem bolhas na sua pele. Pelos exames realizados aqui no Brasil (exames estes, bastante caros, como por e emplo o anti-glutaminase e anti-endomísico. Em torno de R$ 600 a R$ 1000) não foi possível identificar a intolerância ao glutén nela. No entanto, com a dieta de glutén, percebeu-se grande melhora em seu quadro. Não mais aparecem as feridas bolhosas e o problema de constipação dela tambem apresenta melhora. Belo texto. E muito esclarecedor! Obrigado!

  • Flavio R. Santos Em 12/07/2016 01:13

    Parabéns! Excelente texto, linguagem simples e esclarecedora. Vou seguir a dieta sem glúten. Do meu ponto de vista só traz benefícios tanto para a saúde quanto para os nossos produtores rurais.

  • Danusa Freitas Em 12/03/2018 04:09

    Uma excelenteopção para os celíacos e os intolerantes à lactose é a Sandubem, fast food totalmente sem glúten e sem lactose. Fica em Botafogo, RJ. Tem hamburgueres e crepes deliciosos, sucos, cerveja sem glúten, sorvete, cookies. A gente come sem perceber que está se restringindo. Maravilhoso!

  • VLÂDI FÍORÍO (Numerollogia Kabbalìstica > vladifiorio137@hotmail.com) Em 19/08/2019 18:13

    Ev indico os ótimos livros

    BARRIGA DE TRIGO
    e
    A DIETA DA MENTE
    (o título seria melhor-traduzido como A DIETA DO CÉREBRO)

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